Ser Terapeuta…

É de causar espanto a forma como terapeutas vivem suas vidas na vida de seus clientes! Espantoso como clientes “assinam procuração em branco” dando plenos poderes para que seus terapeutas ditem normas de conduta de vida para si!

Até quando continuaremos com o péssimo hábito de imputarmos a responsabilidade por nossos atos aos outros, mesmo ao nosso terapeuta? Até quando nós, terapeutas, continuaremos a desempenhar o papel de “salvadores” de nossos clientes quando sabemos que todos somos cuidadores feridos… e, na maioria das vezes, não terapeutizados?

Facilitadores de processos de auto-conhecimento é uma coisa; determinadores do destino alheio é algo impensável.

Não poucas vezes sou e fui procurado por pessoas que pedem para ser ouvidas por alguns minutos. Muitos reclamam de suas inseguranças, de não poderem caminhar com as próprias pernas, de não “encontrarem-se em condições” de tomarem as próprias decisões nas situações mais diversas da vida, mesmo nas mais simples. Muitas dessas pessoas sequer fazem uma tatuagem ou compram determinada roupa sem antes consultarem seus terapeutas! E, pasmem, a maioria dos terapeutas decidem se essas pessoas devem ou não fazer uma tatuagem ou usar determinada roupa!!! Isso é apenas um pequeno exemplo dos casos que me são narrados em algumas conversas, geralmente ao telefone…

Não pretendo aqui escrever uma dissertação. Vou apenas transcrever alguns textos que penso serem muito importantes a todos nós que desejamos tomar posse de nosso poder pessoal.

Espero que gostem do que vão ler a seguir. Esses textos foram usados no curso Ser Terapeuta: A Arte de Cuidar, do qual fiz parte por duas vezes, na primeira e na quarta turma, em 2006 e em 2008/2009.

O Curso SER TERAPEUTA: A ARTE DE CUIDAR é realizado por Lucy de Araújo Lopes, Guardiã e Diretora do Espaço de Renascer, localizado na Rua Fonseca Lobo, 297 – Aldeota – Fortaleza – Ceará – Telefax: 85 3461-3101 – E-mail: lualstar@uol.com.br

Boa leitura!

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Auto-imagem

Por Bel Cesar

O bem-estar verdadeiro surge da confiança de sermos capazes de nos auto-sustentar continuamente, mesmo diante de situações em que nos tornamos frágeis e emocionalmente reativos. Nestes momentos, quando nos confrontamos com nossos bloqueios internos, gostaríamos de nos manter inocentes: crianças soltas e irresponsáveis. Isto acontece porque não estamos familiarizados em lidar com nossas próprias sombras.

Cada vez que desconfiamos de nossa capacidade em superar obstáculos, cultivamos um sentimento de covardia interior, que bloqueia nossas emoções e nos paralisa. Muitas vezes não queremos pensar naquilo que sentimos, pois, em geral, temos dificuldade para lidar com nossos sentimentos sem julgá-los. Sermos abertos para com nossos sentimentos demanda sinceridade e compaixão.

Mentir para nós mesmos

Temos uma imagem idealizada de nós mesmos, que nos impede de sermos verdadeiros. Produzimos muitas ilusões a partir desta idealização. Muitas vezes, dizemos o que não sentimos de verdade. Isso ocorre porque não sentimos o que pensamos! Por isso, é imprescindível reconhecer quando não estamos de fato sentindo o que gostaríamos de sentir, pois só a verdade nos auto-organiza.

É nossa auto-imagem que gera sentimentos e pensamentos em nosso íntimo. Podemos nos exercitar para identificá-la. Mas este não é um exercício fácil, pois resistimos em olhar nosso lado sombrio. No entanto, uma coisa é certa: tudo que ignoramos sobre nossa parte sombria, cresce silenciosamente e um dia será tão forte que não haverá como deter sua ação. Portanto, é a nossa auto-imagem que dita nosso destino.

O mestre do budismo tibetano Tarthang Tulku, escreve em seu livro “The Self-Image” (Ed. Crystal Mirror): “A auto-imagem não é permanente. De fato, o sentimento em si existe, no entanto o seu poder de sustentação será totalmente perdido assim que você perder o interesse por alimentar a auto-imagem. Nesse instante, você pode ter uma experiência inteiramente diferente da que você julgou possível naquele estado anterior de dor. É tão fácil deixar a auto-imagem se perpetuar, dominar toda a sua vida e criar um estado de coisas desequilibrado… Como podemos nos envolver menos com nossa auto-imagem e nos tornar flexíveis? Somos seres humanos, não animais, e não precisamos viver como se estivéssemos enjaulados ou em cativeiro. No nível atual, antes de começarmos a meditar sobre a auto-imagem, não percebemos a diferença entre nossa auto-imagem e nosso ‘eu’. Não temos um portão de acesso ou ponto de partida. Mas, se pudermos reconhecer apenas alguma pequena diferença entre a nossa auto-imagem e nós mesmos, ou ‘eu’ ou ‘si mesmo’, poderemos ver, então, qual parte é a auto-imagem”.

“A auto-imagem pode representar uma espécie de fixação. Ela o apanha, e você como que a congela. Você aceita essa imagem estática, congelada, como um quadro verdadeiro e permanente de si mesmo”, explica Peggy Lippit no capítulo sobre Auto-Imagem do livro “Reflexões sobre a mente” organizado por seu mestre Tarthang Tuku (Ed. Cultrix).

Para saber como nos auto-sabotamos, devemos responder a seguinte pergunta: “O que eu sei de mim mesmo que preferia não saber?”. A resposta desta pergunta revelará a auto-imagem responsável por nossos comportamentos repetitivos de auto-sabotagem. Ao encontrar a auto-imagem que gera sentimentos desagradáveis, temos a oportunidade de purificá-la em vez de apenas nos sentirmos mal.

Auto-sabotagem em nossas mudanças profundas

Nós nos auto-sabotamos quando saímos de nosso propósito de vida. Cada um tem um processo na vida e quando não vibramos de acordo com a intenção deste propósito nossa vida fica cheia de obstáculos.

Há momentos em nossa vida que reconhecemos estarmos prontos para dar um novo salto: estamos dispostos a efetivar uma mudança profunda. Nos lançamos num novo empreendimento, numa nova relação afetiva, mudamos de cidade e até mesmo de apelido.

…Mas, aos poucos, nos pegamos fazendo os mesmos erros de nossa “vida passada. É como se tivéssemos dado um grande salto para cair no mesmo buraco.

Caímos em armadilhas criadas por nós mesmos. Nos auto-sabotamos. Isso ocorre porque, apesar de querermos mudar, nosso inconsciente ainda não nos permitiu mudar!É aí que está o que mais precisamos saber: nos informar para não nos auto-sabotar.

Por isso, afirme para si mesmo, com determinação, o que de agora em diante o seu inconsciente deve de fato saber. Enquanto não formos capazes de ver, de compreender, de perceber nossos desejos e atuar de modo coerente, cairemos na auto-sabotagem.

Reprograme seu inconsciente

Quais são as frases que você escutou sobre perigo de felicidade? Em nosso interior escutamos e obedecemos, sem nos dar conta, ordens de nosso inconsciente emitidas a partir de frases que escutamos inúmeras vezes quando ainda éramos crianças. Toda família tem as suas. Por exemplo: “Não fale com estranhos” é uma clássica. Como a nossa mente foi programada a não falar com estranhos, cada vez que conhecemos uma nova pessoa nos sentimos ameaçados. Uma parte de nosso cérebro nos diz: “abra-se” e outra adverte “cuidado”.

Num primeiro momento, o desafio em si é encorajador, por isso nos atiramos em novas experiências e estamos dispostos a enfrentar os preconceitos. No entanto, quando surgem as primeiras dificuldades que fazem com que nos sintamos incapazes de lidar com esse novo empreendimento, percebemos em nós a presença desta parte inconsciente que discordava que nos arriscássemos em mudar de atitude: “Bem que eu já sabia que falar com estranhos era perigoso”.

Muitas vezes, o medo da mudança é maior do que a força para mudar. Por isso, enquanto nos auto-iludirmos com soluções irreais e tivermos resistência em rever nossos erros e aprender com eles, estaremos bloqueados. Desta forma, a preguiça e o orgulho serão expressões de auto-sabotagem, isto é, de nosso medo de mudar.

Dificilmente percebemos que nos auto-sabotamos. Nós nos auto-iludimos quando não lidamos diretamente com nosso problema raiz. Não é fácil perceber que a traição começa em nós mesmos, pois nem nos damos conta de que estamos nos auto-sabotando!

AUTO-IMAGEM

Retirado parcialmente do livro: A hora da Virada – enfrentando os desafios da vida com equilíbrio e serenidade. Ed. Saraiva. 4a. edição – Cyro Masci.

Para que você possa compreender o que se passa no universo das outras pessoas, ou mesmo aceitá-las sem compreender inteiramente o que se passa no seu interior, sua opinião sobre você mesmo precisa ser boa. Quanto mais você estiver satisfeito com você mesmo, mais fácil será aceitar as outras pessoas.

O problema crucial é depender exclusivamente da opinião e da aprovação das pessoas que você considera importante para gostar de si mesmo. Assim estará numa enrascada, já que um ciclo vicioso que nunca poderá se completar acaba de ser feito.

Se você depende das pessoas para gostar de você, para só então compreender as pessoas, cada vez mais agirá em função dessa aprovação, que nunca é alcançada seja porque o as pessoas não irão compreendê-lo inteiramente, seja porque a sociedade atual torna virtualmente impossível a perfeição absoluta.

Uma maneira de se evitar essa situação é procurar compreender e aplicar o que foi dito tópico anterior, lembrando-se sempre que todas as pessoas – inclusive as que lhe são mais caras – tem falhas e dificuldades pessoais, como você.

Outro modo é compartilhar a sua falhas. Se você estiver vendendo uma imagem de perfeição, experimente mostrar seu lado humano, comentando alguma coisa, ainda que pequena, sobre sua pessoa. Não é reclamar do salário, ou de como a sua situação econômica está difícil. É falar da sua pessoa. Mostre-se imperfeito, uma pessoa que não é só “qualidades”, e que sabe disso.

O resultado é extraordinário. Mesmo que no início os outros estranhem, você começara a experimentar um grande alívio, já que agora você e sua imagem estão menos vulneráveis à opinião alheia.

Além de melhorar seu amor próprio, e passar a determinar seus dias menos escravo das raízes do passado, é preciso parar para pensar no quanto o sonho é irreal, no quanto a perfeição que se busca simplesmente é impossível de ser encontrada nos nossos dias.

Você tem seu caminho a percorrer e nossos filhos têm suas próprias vidas, seus caminhos com percalços a percorrer também, já que é só assim que se aprende.

Lembre-se o caminho é deles e não seu!

Eles agradecem!

Como se forma a auto-imagem

Ela sobrevêm, sobretudo, pela forma como somos tratados, especialmente, nos cinco primeiros anos.

É evidente que a influência maior vem dos pais, mas de uma maneira geral, de todos aqueles cuja opinião respeitamos: professores, amigos, etc.

Toda criança necessita saber-se estimada pelos pais para desenvolver um sentimento adequado de valor pessoal.

Aliás, é necessário distinguir o que a criança faz daquilo que ela é. Certos pais prejudicam a auto-imagem em formação ao dizerem frases como: "Você não tem jeito mesmo. É um desastrado". "Por que você bateu em seu irmão? Você é um malvado".

Se você passou por experiência semelhante, pode ter formado uma auto-imagem distorcida, negativa. Nesse caso é possível que não se sinta satisfeito consigo mesmo. Poderá ter dificuldades no relacionamento com os outros. Acreditará que não o estimam, por baixa opinião de si mesmo.

"Muitas pessoas carecem de autoconfiança por ignorarem a força de sua própria personalidade. Aquele, porém, que conhece o poder de sua personalidade, sabe valorizar a presença alheia e participa, lado a lado, com a realização da missão de cada um".

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Como se forma a auto-imagem

AUTO IMAGEM

AUTO IMAGEM 2

AUTO-BÊNÇÃO

Bênção

1. Toque os olhos e diga:

Abençôo meus olhos para que eu tenha a clareza da visão.

2. Toque a boca e diga:

Abençôo minha boca e deixo que eu fale sempre a verdade.

3. Toque as orelhas e diga:

Abençôo meus ouvidos e deixo que possa ouvir tudo o que me é dito.

4. Toque o coração e diga:

Abençôo meu coração e deixo que seja preenchido de amor.

5. Toque seu útero/próstata e diga:

Abençôo meu útero/minha próstata e permito que eu me ponha em contato com minha energia criativa e com a energia criativa do Universo.

6. Toque os pés e diga:

Abençôo meus pés e deixo que eu ache e caminhe sobre meu próprio e verdadeiro caminho.

 

MAPA DA JORNADA

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METÁFORA

“SE CORRER O BICHO PEGA, SE FICAR O BICHO COME…”

SOLUÇÃO

“SE JUNTAR O BICHO CORRE.”

MAPA DA JORNADA

1a Etapa da jornada: AUTO-CONHECIMENTO

Polaridade: Luz / Sombra

Potencialidades / Limitações   Símbolo: Tao   Elemento: Terra

Promove o auto-desenvolvimento.

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2a Etapa da jornada: AUTO-ACEITAÇÃO

Polaridade: Amor / Medo

Aceitação / rejeição (Aceitação de todas as partes)   Símbolo: Rosa   Elemento: Água

Promove a integração para facilitar a transformação.

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3a Etapa da jornada: FORTALECIMENTO DA AUTO-ESTIMA

Polaridade: Confiança / Desconfiança

Boa auto-estima / baixa auto-estima   Símbolo: Coração   Elemento: Fogo

Promove a auto-confiança / o auto-respeito para ser quem você é.

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4a Etapa da jornada: PODER PESSOAL

Polaridade: Equilíbrio emocional / Desequilíbrio   Símbolo: Estrela   Elemento: Ar

Promove o equilíbrio emocional, através da expressão das emoções e se torna responsável por suas escolhas.

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5a Etapa da jornada: MISSÃO DE VIDA

Polaridades: Integração das polaridades   Símbolo: Borboleta   Elemento: Quinta essência (ou Quintessência)

Promove a maturidade do ser, se torna um educador emocional, agente de mudanças. Está apto a dar e a receber, vivenciando assim a auto-realização.

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Sobre carlosreiki

Bacharel em Direito, Teólogo, PhD em Psicanálise, Mestre (MsC) em Constelação Sistêmica Familiar, Pós-graduado em Psicanálise com Especialização em Constelação Sistêmica Familiar, Dr.H.C. em Constelação Sistêmica Familiar, Dr.H.C. em Psicanálise Clínica, Praticante, Mestre e Terapeuta Reiki.
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